Segundo o Observatório Nacional de Doenças Respiratórias, publicado em 2024, 5,2% dos óbitos em Portugal, em 2023, foram causados por pneumonia. Embora seja uma doença grave, a recuperação pode ser acelerada com cuidados adequados — e a fisioterapia respiratória para pneumonia tem um papel essencial neste processo.
A pneumonia é uma inflamação aguda do tecido pulmonar causada por uma infeção. Pode ser provocada por diferentes agentes — vírus, bactérias, fungos, parasitas — ou até pela aspiração involuntária de partículas, alimentos ou líquidos.
Os tipos mais comuns incluem:
Pneumonia adquirida na comunidade – contraída fora de ambientes hospitalares.
Pneumonia associada a cuidados de saúde – adquirida no hospital ou noutras instituições de saúde.
Pneumonia bacteriana – provocada por bactérias.
Pneumonia viral – provocada por vírus (ex.: COVID-19).
Pneumonia por aspiração – ocorre por aspiração involuntária de partículas como saliva, alimento, vómito.
Fatores de risco mais frequentes:
Sistema imunitário enfraquecido (por doença ou medicamentos).
Idade avançada (especialmente acima dos 75–85 anos).
Crianças pequenas e recém-nascidos.
Alterações na deglutição (disfagia).
Sintomas habituais:
Tosse persistente com expetoração amarelada ou esverdeada (em casos graves, acastanhada).
Falta de ar ou “cansaço extremo”.
Febre e dor torácica (principalmente ao inspirar).
Em alguns casos: tonturas, náuseas, diarreia ou perda de apetite.
O diagnóstico é médico e pode incluir:
Análises sanguíneas.
Raio-X ao tórax.
Análise da expetoração.
O tratamento envolve normalmente:
Antibióticos, antivirais ou anti-inflamatórios (dependendo da causa).
Antipiréticos para a febre.
Em casos mais graves, é necessário internamento para suplementação de oxigénio ou ventilação, assim como para a administração de medicação mais específica.
Mesmo após o fim da infeção, é comum persistirem sintomas que afetam a qualidade de vida:
Falta de ar e sensação de peito pesado.
Cansaço muscular, especialmente nas pernas.
Diminuição de força e resistência.
Perda de massa muscular (sobretudo após internamento ou repouso prolongado).
Maior risco de quedas em idosos devido à perda de equilíbrio.
Estes sintomas podem ser minimizados com tratamento de fisioterapia respiratória pós-pneumonia, adaptado às necessidades de cada pessoa.
De acordo com as normas europeias de reabilitação respiratória, o exercício supervisionado por fisioterapeutas é a forma mais eficaz de recuperação pós-pneumonia.
Os benefícios incluem:
Melhorar a respiração.
Reduzir a falta de ar e o cansaço.
Aumentar a resistência ao exercício.
Ganhar força muscular.
Melhorar o equilíbrio e a mobilidade.
Todos estas melhorias se traduzem numa melhoria geral da qualidade de vida.
Normalmente, um programa eficaz dura 8 a 12 semanas.
Não é necessário fazer fisioterapia todos os dias, mas é essencial seguir:
Uma avaliação inicial detalhada.
Sessões regulares na clínica.
Exercícios adaptados para realizar em casa, promovendo hábitos de vida ativos a longo prazo.
Se teve pneumonia e continua com falta de ar, fadiga ou dificuldade em retomar a sua rotina, a fisioterapia para falta de ar após pneumonia pode ser o passo decisivo para recuperar.
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Inês Laranjeira, Fisioterapeuta, OF 7985