Isolamento social não é um conceito novo! Tristeza? Angústia? Ansiedade? Desespero? E, todo um espectro de emoções e sentimentos…
Isolamento social não é um conceito novo, mas passou a ser corrente na nossa linguagem devido ao impacto da pandemia de COVID-19. Antes da pandemia, quando se pensava em isolamento social, facilmente fazíamos associações com a população mais idosa, dependente, economicamente desfavorecida e residente em áreas geográficas com menor densidade populacional ou institucionalizadas em equipamentos sociais.
Porém, atualmente, verificamos que o isolamento social é uma experiência que pode ser transversal a qualquer pessoa, independentemente da faixa etária, nível de escolaridade ou condição socioeconómica.
Mas do que falamos quando nos referimos ao isolamento social?
O isolamento social caracteriza-se principalmente por uma forte diminuição ou ausência de contatos sociais ou familiares, de envolvimento na comunidade ou com o mundo exterior e dificuldade no acesso a diversos serviços fundamentais.
Dependendo das pessoas, o isolamento social poderá levar a sentimentos subjetivos de solidão e mal-estar, que poderão gerar ou agravar problemas emocionais. Nem todas as pessoas reagem da mesma forma a situações de stress e, por isso, muitas pessoas que experienciam o confinamento e o isolamento social vão reagir perante o sofrimento e o desconforto, atravessando-o e criando uma espécie de imunidade, que reforçará os seus recursos internos, percebendo-se como tendo ficado “mais fortes” por terem lutado e ultrapassado uma situação difícil.
Algumas pessoas vão até prosperar e mudar as suas vidas.
Contudo, existem situações que comportam um risco maior e que poderão colocar as pessoas numa posição mais vulnerável perante o stress decorrente do isolamento, tais como:
O isolamento social imposto pela COVID-19 obrigou as pessoas a ficar dentro de portas e a estar consigo mesmas de forma muito mais constante e intensa do que estavam habituadas. Em muitos casos obrigou a “olhar para dentro” de cada um, das dinâmicas familiares e a ver o que acontece, muitas vezes de forma automática, na “lufa-lufa” da vida diária.
Este confronto com a realidade nem sempre é fácil, pois poderá revelar fragilidades que despertam tristeza, angústia, ansiedade, desespero e todo um espectro de emoções e sentimentos que causam mal estar e sofrimento.
Se se identifica com alguma das situações de risco apresentadas ou se, neste “olhar para dentro”, percebeu que está na hora de se reorganizar e reconectar consigo mesmo de forma mais harmoniosa, não hesite em procurar apoio especializado. Na consulta de Psicologia vai encontrar um profissional habilitado, que o irá escutar, que o irá ajudar a pensar e a entender o que sente e que lhe proporcionará o suporte emocional para atravessar o sofrimento e efetuar qualquer reestruturação que se afigurar necessária, no sentido de um maior bem-estar e equilíbrio.
Agende a sua sessão. O primeiro passo no seu processo de mudança.
Ana Raquel Roseiro, Psicóloga