Tem dor de cabeça? Sabia que talvez possamos ajudar?
Leia este artigo até ao fim, irá interessá-lo!
A dor de cabeça, cefaleia, é um problema recorrente na população.
Estima-se que a dor de cabeça afeta 52% da população por ano.
Uma simples dor de cabeça pode ter variadíssimas causas, havendo assim a necessidade de as classificar através da Classificação Internacional de Cefaleias.
A Fisioterapia é capaz de atuar na Cefaleia Cervicogénica, isto é, uma dor de cabeça secundária, atribuída a um transtorno de origem cervical. Este fenómeno é explicado por um mecanismo fisiológico de dor referida.
Acontece que na coluna cervical superior temos nervos espinhais que vão inervar a região do crânio, desta forma, ao existir uma alteração da cervical, estes nervos espinhais podem originar uma dor referida no crânio, a que se dá o nome de cefaleia cervicogénica.
Estima-se que 4% das pessoas com dores de cabeça têm uma cefaleia de origem cervical, no entanto esta prevalência aumenta para 53% em pacientes que sofreram um whiplash (lesão no pescoço após este se mover bruscamente em forma de chicote, muito comum em acidentes de viação).
A dor de cabeça de origem cervical pode ser associada a alguns fatores de risco como:
É importante ter em conta que a preocupação e o stress também podem desempenhar um papel fundamental no aparecimento desta cefaleia. Estes estímulos negativos afetam o sistema nervoso central que responde aumentando a tensão nos músculos da cervical.
Desta forma poderá ser necessária uma abordagem multidisciplinar para o ajudar a controlar os sintomas.
Os sinais e sintomas desta lesão caracterizam-se por dor de cabeça aguda, normalmente unilateral.
A dor por norma não muda de lugar, e pode ser constante ou intermitente, sendo que a duração dos episódios é muito variável, podendo durar horas ou até meses.
Esta dor de cabeça pode estar associada a náuseas, tonturas, vómitos, intolerância à luz e alterações do sono.
Apesar da causa ser atribuída à cervical, esta dor de cabeça pode não ser acompanhada de dor no pescoço, no entanto é frequente existir uma diminuição da mobilidade da cervical e dor irradiada para o(s) membro(s) superior(es).
Por norma, o agravar dos sintomas pode estar associado a movimentos rápidos do pescoço, ou a posturas mantidas por tempo prolongado.
O diagnóstico da cefaleia cervicogénica pode ser realizado através de exame clínico, onde iremos avaliar a sua história clínica, avaliar a sua coluna cervical, a sua articulação temporo-mandibular (ATM) e o seu crânio de forma a perceber em concreto a origem dos seus sintomas.
No caso de suspeita de lesão estrutural da própria cervical, pode ser necessário, para confirmação do diagnóstico, a realização de exames complementares de diagnóstico.
Os estudos referem que o tratamento conservador adequado passa por, numa fase inicial, realizar um controlo dos sinais inflamatórios, ou seja, reduzir a intensidade, frequência e incapacidade da dor de cabeça. Para que isto seja possível, iremos promover um alongamento da musculatura sub-occipital e cervical, bem como aumentar a amplitude de movimento do pescoço, através de técnicas de terapia manual, manipulação ou mobilização da coluna vertebral, libertação miofascial e exercícios de mobilidade articular e neural.
Numa segunda fase, será importante realizar um fortalecimento muscular da cervical de baixa intensidade e adequado a si. O objetivo é devolver a função e o movimento normal do corpo. Em alguns casos poderá ser importante a realização de trabalho de correção postural para que não exista nova recidiva.
Vamos preparar um plano de reabilitação adequado a si, de forma a melhorar a sua capacidade funcional.
Ainda tem dúvidas? Nós podemos ajudar, marque a sua consulta!
Ana Carolina Oliveira, Fisioterapeuta