O Return To Play diz respeito ao período de recuperação pós-lesão/cirurgia, no qual o atleta pode participar de novo na sua modalidade desportiva a um nível semelhante ao anterior à lesão/cirurgia.
O Return To Play diz respeito ao período de recuperação pós-lesão/cirurgia, no qual o atleta pode participar de novo na sua modalidade desportiva a um nível semelhante ao anterior à lesão/cirurgia.
Um dos objetivos é permitir que o atleta volte o mais rapidamente possível à modalidade. Contudo, caso o retorno seja muito precoce, a reabilitação inadequada e pouco específica o atleta pode sofrer uma recidiva e, como consequência, uma reabilitação mais longa.
Ao longo do processo de reabilitação é fundamental:
– Manter a condição física;
– Participar num programa de reabilitação “funcional”;
– Manter uma atitude otimista e positiva;
– Participar ativamente no processo de reabilitação.
A reabilitação de uma lesão deve ser dividida por várias fases com critérios de progressão específicos e rigorosos para promover a segurança do atleta ao longo de todo o processo.
De forma geral, na fase de RTP o atleta já deve estar sem dor e sem edema quer no dia-a-dia quer no pós-treino. Além disto, é fundamental que a força (ex. IMTP; isokinetic strength test), a potência (ex. vertical jump) e a mobilidade estejam semelhantes ao membro contralateral (défice <10%). Podem ainda ser integrados testes funcionais específicos. Assim, após o atleta progredir nas diferentes qualidades físicas e for capaz de tolerar tarefas mais exigentes, ele poderá ser exposto a tarefas específicas da modalidade desportiva e ao mecanismo de lesão (ex. sprint).
Um outro aspeto a considerar antes de integrar o atleta é o nível de cinesiofobia (medo excessivo e limitante do movimento) que, nesta fase, não deve existir. Caso esteja presente o atleta não está preparado para competir ao mais alto nível.
Uma progressão sistemática e bem estruturada diminui o risco de uma nova lesão e permite que o atleta tenha um melhor desempenho quando for integrado na equipa.
Ao longo do processo de RTP, pode existir a necessidade de ajustar o planeamento com base na evolução do atleta. Desta forma, destaca-se a importância de monitorizar e avaliar de forma regular.
Frequentemente há uma enorme pressão para que o atleta volte o mais rápido possível, mas a saúde e a segurança do atleta devem ser as principais prioridades ao longo da reabilitação.
Filipe Bastos, Fisioterapeuta, OF 1245
Referências Bibliográficas: