Ao longo da história, muitas alterações têm ocorrido na sociedade, entre elas o nosso estilo de vida. Na sociedade moderna, com a evolução do conhecimento e avanço tecnológico, a realização das tarefas diárias e de algumas atividades laborais tornou-se bem mais simples, reduzindo o tempo e a intensidade da atividade física despendidos. Até a forma como nos deslocamos para o trabalho e muitos dos nossos passatempos preferidos exigem fisicamente pouco de nós. Se, por um lado, isto veio facilitar, em alguns aspetos, a nossa vida, por outro veio trazer um grave problema à comunidade: o aumento do tempo exposto a comportamentos sedentários e da inatividade física.
Sedentarismo é o termo direcionado para qualquer comportamento consciente, que se faça na posição de deitado, reclinado ou sentado e que implique baixo dispêndio energético, tal como ir de carro para o trabalho, trabalhar ou estudar na secretária, usar o computador, ver televisão, etc.
O sedentarismo é já uma questão de saúde pública e está fortemente relacionado com efeitos danosos para a saúde, aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, doenças oncológicas, diabetes, excesso de peso e obesidade, depressão, entre outras doenças crónicas não transmissíveis, culminando no aumento do risco de morte precoce.
O sedentarismo e a inatividade física aumentam também a probabilidade de desenvolver osteoporose e dor crónica, na coluna por exemplo, diminuindo drasticamente a nossa qualidade de vida.
Por seu lado, a prática regular de atividade física é um forte fator de prevenção e controlo de doenças, como as acima referidas e contribui também de forma importante na prevenção das dores de costas, uma vez que ajuda a aumentar a mobilidade, a força e a resistência, melhorando assim a condição física.
Além disso tem grandes benefícios para a saúde mental, atrasa o aparecimento de demência, atenua os efeitos do envelhecimento e contribui para a manutenção de um peso saudável e do bem-estar geral.
Assim, pode-se afirmar que a atividade física é uma ferramenta preciosa de promoção da saúde no sentido em que previne o aparecimento ou agravamento dos problemas ajudando a diminuir os custos de tratamentos e reduzindo o absentismo no trabalho.
Em 2017, estima-se que o Estado Português gastou 900.000.000€ do orçamento para a Saúde com problemas relacionados diretamente com a inatividade física dos portugueses.
O sedentarismo afeta não só adultos e idosos, bem como crianças e jovens, que cada vez mais e cada vez mais cedo são dependentes dos ecrãs e fisicamente menos ativas. Portanto, a intervenção deve ser precoce, pois os comportamentos adotados na infância tendem a persistir na idade adulta.
Atualmente, a nível global, estima-se que 27,5% dos adultos e 81% dos adolescentes não
atingem os níveis de atividade física para a saúde recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Crianças e adolescentes (5 – 17 anos):
+
Adultos (18-64 anos):
ou
ou
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Idosos (mais de 65 anos):
ou
ou
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Note-se que alguma atividade física é sempre melhor do que nenhuma!
Assim, aqui ficam algumas ideias para o ajudar a combater o sedentarismo:
Pequenos gestos podem fazer a diferença, mas não se esqueça: quanto mais tempo de atividade, melhores serão os resultados para a sua saúde! Hoje em dia as opções são muitas. Por isso, escolha uma atividade que desperte o seu interesse e mude já o seu estilo de vida!
Do que está à espera para começar?
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Marta Roseiro, Fisioterapeuta