O vaginismo é uma condição pouco falada, mas que afeta muitas mulheres em diferentes fases da vida.
Acontece quando os músculos do pavimento pélvico — que envolvem a vagina — se contraem de forma involuntária, tornando dolorosa ou impossível a penetração, seja durante a relação sexual, ao usar um tampão, copo menstrual ou até mesmo em exames ginecológicos.
Muitas mulheres vivem com este problema em silêncio, acreditando que é “coisa da cabeça” ou que “vai passar com o tempo”. Mas a verdade é que o vaginismo tem causas reais e é tratável.
O vaginismo não tem uma única causa. É uma condição multifatorial, em que o corpo e a mente estão sempre interligados.
Entre os fatores mais comuns estão:
Ansiedade ou medo associados à penetração;
Experiências anteriores de dor;
Questões emocionais, como inseguranças ou traumas;
Alterações físicas, como cicatrizes, endometriose ou infeções recorrentes.
Cada caso é único — e compreender o que está por trás das contrações involuntárias é o primeiro passo para recuperar o bem-estar e a confiança no próprio corpo.
A fisioterapia pélvica é uma das abordagens mais eficazes e seguras no tratamento do vaginismo.
O objetivo não é forçar nada, mas sim ajudar a mulher a conhecer o próprio corpo, ganhar consciência corporal e retomar o controlo sobre a musculatura pélvica.
Durante o acompanhamento, o tratamento é sempre realizado com respeito, empatia e privacidade.
Alguns dos recursos utilizados incluem:
Exercícios específicos para identificar e controlar os músculos do pavimento pélvico;
Técnicas de respiração e relaxamento;
Uso gradual de dilatadores vaginais, de forma confortável e sempre ao ritmo da pessoa;
Biofeedback, que mostra em tempo real a atividade muscular;
Neuromodulação percutânea para auxiliar na regulação muscular e sensorial;
Orientações sobre posturas, hábitos e autocuidado para favorecer a saúde íntima.
Mais do que um tratamento físico, é um processo de reconexão com o corpo e de recuperação da confiança.
Com o acompanhamento adequado, muitas mulheres conseguem:
Reduzir ou eliminar a dor durante a penetração;
Recuperar a confiança no próprio corpo;
Voltar a ter relações sexuais confortáveis e prazerosas;
Realizar exames ginecológicos sem sofrimento.
Os resultados variam de pessoa para pessoa, mas quando há dedicação e orientação especializada, a evolução é evidente — tanto física como emocionalmente.
O vaginismo está frequentemente associado a fatores emocionais.
Por isso, a combinação da fisioterapia pélvica com acompanhamento psicológico ou sexológico pode potencializar os resultados.
Trata-se de um cuidado integral, que olha para o corpo e para a mente, respeitando o ritmo de cada mulher.
O mais importante é saber que existe tratamento e que pedir ajuda é um passo de coragem, não de fraqueza.
Na Fisio André Viegas, em Cantanhede, oferecemos acompanhamento especializado em fisioterapia pélvica e sexologia clínica, num ambiente acolhedor e seguro.
O tratamento é totalmente personalizado, sempre com foco em devolver-te o controlo, o conforto e a qualidade de vida.
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Martina Ribeiro, Fisioterapeuta, OF 10230